domingo, 8 de maio de 2011

Pesquisa-Qual igreja Cristã Mais Antiga do Mundo?

As igrejas Antigas Eram Ortodoxas e Não Romanas

A Igreja Ortodoxa

O primeiro ponto que se faz necessário destacar é que o Cristianismo nasceu na Palestina (e não em Roma); que a primeira Sé Apostólica fundada foi a de Jerusalém (tendo como bispo a Tiago, o irmão do Senhor); que também foi nesta Sé que se realizou primeiro Concílio Apostólico (Atos 15)

E, principalmente, devemos destacar que esta Igreja não desapareceu na história, mas que subsiste até os dias de hoje e que se tornou um dos nove Patriarcados que subsistem na Igreja Ortodoxa.

O segundo ponto que evidenciamos é que não só a Igreja de Jerusalém, mas também todas as Igrejas que são mencionadas nas Sagradas Escrituras, fundadas pelos Apóstolos ou por seus colaboradores, formam com outras Igrejas que vieram depois delas, a Igreja Ortodoxa, sendo Roma a única exceção.

Patriarco de Jerusalém

O apóstolo TIAGO fundou a Igreja de Jerusalém (mãe de todas as Igrejas Cristãs). No ano 52 ele presidiu o Sínodo Apostólico.

Patriarcado de Antioquia

Os fundadores da Igreja Antioquina são os corifeus dos apóstolos, Pedro e Paulo. O primeiro Concílio Ecumênico reconheceu no bispo de Antioquia a primazia sobre todos os bispos do Oriente, tendo o segundo Concílio confirmado a decisão do primeiro Concílio.

Enquanto o Terceiro Concílio Ecumênico reconheceu a independência da Igreja de Chipre, a primeira a se separar da Igreja Antioquina, o IV Concílio concedeu ao bispo de Antioquia o título de patriarca, colocando-o na terceira categoria, após os patriarcas de Constantinopla e Alexandria.

Também a Igreja de Jerusalém separou-se da Igreja Antioquina. A Igreja de Copta do Egito faz Parte do Patriarcado de Alexandria A Igreja de Alexandria foi fundada pelo apóstolo São Marcos.

Fora conferido ali o título de papa, pela primeira vez na história, ao Patriarca Hiraclas, em 232, e na seqüência ao Patriarca Teófilo, no ano 390.



Os primeiros cristãos no Egipto eram principalmente judeus de Alexandria, tais como Teófilo, a quem São Lucas dirige o capítulo introdutório do seu evangelho.

Quando a Igreja foi fundada por São Marcos, durante a época do imperador romano Nero, um grande número de egípcios, contrariamente a gregos e judeus, abraçou a fé cristã.

Esta espalhou-se pelo Egipto em poucas décadas, tal como se pode verificar nos escritos do Novo Testamento encontrados em Bahnasa, no Egipto Médio, e que datam de cerca do ano 200,

e de um fragmento do Evangelho segundo São João, escrito em língua copta, encontrado no Egipto Superior e datado da primeira metade do século II.

Fonte Wikipedia



A Igreja cristã copta fundada no Egito pelo Apóstolo Marcos ( ou São Marcos para os católicos )o figura como a mais antiga, observando que ela é do tempo mesmo antes da designação ´´cristã´´ surgir pelas mãos de Saulo de Tarso ( Apóstolo Paulo ou São Paulo para os católicos )

De fato consideravam-se originalmente mais judeus do que qualquer outras coisa, fato que fazer alguns alegarem que não situariam como igreja cristão, o que é um contra-senso haja visto que os primeiros ´´cristãos´´ não se auto-intitulava assim também.

Fonte(s):
!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Copta
!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso







Igreja Ortodoxa Etíope


Armaduras de Católicos Contra Protestantes



O Termo Católico deriva do Grego katholikos= Universal. Exprime a idéia de uma igreja que pode levar a salvação a qualquer pessoa, em qualquer lugar.

A palavra Igreja Católica ou Catolicismo para referir-se à Igreja Universal é utilizada desde o século I, alguns historiadores sugerem que os próprios apóstolos poderiam ter utilizado o termo para descrever a Igreja.

Registros escritos da utilização do termo constam nas cartas deInácio,Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João, que provavelmente foi ordenado pelo próprio Pedro.

O TERMO ORTODOXO, ORTODOXIA SIGNIFICA " CRENÇA CORRETA".

ISTO, QUER DIZER QUE O CRISTIANISMO KATHOLIKOS [CATÓLICOS] ORTODOXOS,

QUER DIZER: CATÓLICOS =[UNIVERSAL] ORTODOXOS= CONSERVADORES- CRENÇA CORRETA.

O CRISTIANISMO DOS APOSTÓLOS ERA ORTODOXO, E A IGREJA CATÓLICA ERA ORTODOXA, MAIS TARDE TORNOU-SE ROMANA COMO PATRIARCADO OFICIAL.

Theotokos,Virgem Mãe de Deus

Em 1917 a Biblioteca John Ryland, de Manchester (Inglaterra) adquiriu no Egito um pequeno fragmento de papiro de 18 x 9,4 cm (Ryl. III,470), cujo conteúdo foi identificado em 1939; é o texto de uma oração dirigida a Maria Santíssima invocada como Theotókos (=Mãe de Deus) no séc. III.

Quando em 431 (séc. V) o Concílio de Éfeso proclamou Maria Theotókos, fez eco a uma tradição cujo primeiro termo conhecido remonta a Orígenes (243 dC).

“Sob a tua misericórdia nos refugiamos, Mãe de Deus!Não deixes de considerar as nossas súplicas em nossas dificuldades. Mas livra-nos do perigo, única casta e bendita!”

“Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genetrix; nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta”.

Já no século II era dirigido a Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso em 431. O texto primitivo do qual derivam as diversas variações litúrgicas (copta, grega, ambrosiana e romana) é o seguinte:

“Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuse os nossos pedidos na necessidade e salva-nos do perigo: somente pura, somente bendita”.

TESTEMUNHO DOS “PAIS DA IGREJA”

IRENEU- “A Virgem Maria… sendo obediente à sua palavra, recebeu do anjo a boa nova de que ela daria à luz Deus” (Santo Irineu, Bispo de Lion, Discípulo de Policarpo, 180 d.C. – Contra Heresias);

SANTO ALEXANDRE - “Jesus Cristo … teve um corpo gerado, não em aparência, mas verdadeiramente, derivado da Mãe de Deus” (Santo Alexandre, morto em 328 – antes do concílio de Éfeso de 431);

SANTO EFRÉM - “A obra prima da Sabedoria de Deus tornou-se a Mãe de Deus” Santo Efrém que viveu na Síria em 373 (antes do concílio de Éfeso).




Maria Mãe de Jesus. Foi Mãe de Deus, Ela é do Pai


Theotókos. O título que comumente se traduz por “Mãe de Deus”, quer dizer, ao pé da letra: “Aquela que deu à luz Deus”, em latim Deipara.

Este título professa que a pessoa que Maria deu à luz, é a pessoa do Filho de Deus ou a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que quis assumir a natureza humana.

Note-se que o vocábulo Theotóke é forma de vocativo; donde se depreende que a oração é dirigida à Santíssima Virgem, como expressão da grande antigüidade da devoção a Ela.

“Não deixes de considerar as nossas súplicas em nossas dificuldades”. Ao pé da letra, o fiel pede a Maria: “não afastes de nossas súplicas o teu olhar”. Basta, pois, que a Mãe de Deus esteja atenta às nossas súplicas para que estejamos seguros.

“Mas livrai-nos sempre de todos os perigos”. O texto atual desta prece menciona “os perigos”, ao passo que o papiro fala “do perigo”. “O” perigo, por antonomásia, eram as perseguições movidas pelo Império Romano contra os católicos.

O historiador Eusébio de Cesaréia (+339), em sua História da Igreja, descreve a grande crueldade das perseguições havidas no Egito.

Por conseguinte, pode-se crer que as pessoas que compuzeram tal oração em tempo de perseguição, recorriam à proteção e à misericórdia da Mãe de Deus.

“Ó Virgem gloriosa e bendita”! A exclamação final afirma a virgindade de Maria Santíssima. Além da virgindade, proclama a fidelidade de Maria Imaculada à vontade de Deus.


O próprio Evangelho chama mãe de Jesus que é Deus


SÃO LUCAS:

42 E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre.

“Donde a mim esta dita de que a MÃE DE MEU SENHOR venha ter comigo?” (Luc. 1, 43).

E nas escrituras do antigo testamento também trazem esta confirmação de que o filho da virgem seria chamado pelo nome de DEUS conosco:

“Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” . (Is 7,14)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A Ortodoxia Cristã

É a autêntica religião cristã pregada pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, transmitida pelos Apóstolos aos seus sucessores e aos fiéis e preservada zelosamente na sua pureza pela Igreja Ortodoxa através dos séculos.

É a doutrina certa e justa, compreendida, sem reduções nem acréscimos, nas Sagradas Escrituras, na Tradição e nos Sete Concílios Ecuménicos.

É a doutrina ensinada e pregada pela Igreja Ortodoxa para glorificar a Deus e salvar as almas, segundo a vontade de Cristo.

Chama-se ORTODOXIA a doutrina que observa os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, reverenciados e transmitidos pela Igreja Ortodoxa.

Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica



A Igreja Ortodoxa é a sociedade, baseada na fé dos doze Apóstolos, dos fiéis cristãos que obedecem aos pastores canónicos e vivem unidos pelos elos da Doutrina, das Leis de Deus, da Hierarquia divinamente instituída e da prática dos Sacramentos. A Igreja Ortodoxa professa a Doutrina autêntica de Nosso Senhor Jesus Cristo, tal e qual nos foi revelada e exercida pelos Apóstolos no primeiro século da era cristã, na Palestina e nas cidades de Jerusalém, Damasco e Antioquia.

Esta doutrina obedece aos mandamentos, procede de acordo com a vida da Graça que Cristo nos legou por Sua morte e edificou pelos sacramentos; crê na vida eterna, observa os ensinamentos dos Sete Concílios Ecuménicos e persiste estreitamente unida aos seus pastores, bispos e demais sacerdotes ortodoxos, continuadores em linha recta da obra dos Apóstolos.

Reconhece como Chefe Único da Igreja, sem representantes ou legatários, Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos dirige, ensina e eleva. É depositária da Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo e prossegue em todo o mundo a Sua obra de amor e Salvação. Ensina as verdades nas quais devemos crer firmemente, os deveres que havemos de cumprir e os meios a aplicar para nos moralizar e santificar.

A Igreja Ortodoxa Oriental reúne as quatro características que distinguem a Verdadeira Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica. Durante vinte séculos, manteve inalteráveis os sacramentos, as próprias doutrinas e os mesmos pastores que são sucessores dos Apóstolos.

A designação Ortodoxa procede do facto de ela crer e ensinar correctamente a doutrina do Cristo. Conservou-se exemplarmente na doutrina, desde a pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo, até aos dias de hoje. A primazia de honra da Igreja é desempenhada pelo Patriarca Ecuménico de Constantinopla.

Deus prometeu à Sua Igreja a assistência do Espírito Santo e a Sua união com ela até a consumação dos séculos, a fim de não cair no erro nem falhar nos seus ensinamentos.



As diferenças Doutrinais entre a Igreja Ortodoxa e a Romana


A diferença fundamental é a questão da infalibilidade papal e a pretensa supremacia universal da jurisdição de Roma, que a Igreja Ortodoxa não admite, pois ferem frontalmente a Sagrada Escritura e a Santa Tradição.

Existem, ainda, outras distinções, abaixo relacionadas em dois grupos básicos:

a) diferenças gerais; e

b) diferenças especiais.

Para termos uma ideia dessas diferenças, vejamos o seguinte esquema, de cuja leitura se infere uma possibilidade de superação, quando pairar acima das paixões o espírito de fraternidade que anima o trabalho dos verdadeiros cristãos.

Diferenças Gerais:

São dogmáticas, litúrgicas e disciplinares.

A Igreja Ortodoxa só admite sete Concílios, enquanto a Romana adopta vinte. A Igreja Ortodoxa discorda da procedência do Espírito Santo do Pai e do Filho; unicamente do Pai é que admite. A Sagrada Escritura e a Santa Tradição representam o mesmo valor como fonte de Revelação, segundo a Igreja Ortodoxa. A Romana, no entanto, considera a Tradição mais importante que a Sagrada Escritura. A Igreja Ortodoxa entende que as decisões de um Concílio Ecuménico são superiores às decisões do Papa de Roma ou de quaisquer hierarcas eclesiásticos.

A Igreja Ortodoxa não concorda com a supremacia universal do direito do Bispo de Roma sobre toda a Igreja Cristã, pois considera todos os bispos iguais. Somente reconhece uma primazia de honra ou uma supremacia de facto (primus inter pares). A Virgem Maria, igual às demais criaturas, foi concebida em estado de pecado original. A Igreja Romana, por definição do papa Pio IX, no ano de 1854, proclamou como "dogma" de fé a Imaculada Concepção.

A Igreja Ortodoxa rejeita a agregação do "Filioque," aprovado pela Igreja de Roma, no Símbolo Niceno-Constantinopolitano. A Igreja Ortodoxa nega a existência do limbo e do purgatório. 
A Igreja Ortodoxa não admite a existência de um Juízo Particular para apreciar o destino das almas, logo após a morte, mas um só Juízo Universal.
O Sacramento da Santa Unção pode ser ministrado várias vezes aos fiéis em caso de enfermidade corporal ou espiritual, e não somente nos momentos de agonia ou perigo de morte, como é praticado na Igreja Romana.

Na Igreja Ortodoxa, o ministro habitual do Sacramento do Crisma é o Padre; na Igreja Romana, o Bispo, e só extraordinariamente, o Padre. A Igreja Ortodoxa não admite a existência de indulgências. No Sacramento do Matrimónio, o Ministro é o Padre e não os contraentes. Em casos excepcionais, ou por graves razões, a Igreja Ortodoxa acolhe a solução do divórcio. São distintas as concepções teológicas sobre religião, Igreja, Encarnação, Graça, imagens, escatologia, Sacramentos, culto dos Santos, infalibilidade, Estado religioso.

Diferenças especiais:

Além disso, subsistem algumas diferenças disciplinares ou litúrgicas que não transferem dogma à doutrina. São, nomeadamente, as seguintes:

1-Nos templos da Igreja Ortodoxa só se permitem ícones.
2-Os sacerdotes ortodoxos podem optar livremente entre o celibato e o casamento.
3-O baptismo é por imersão.

5-Os calendários ortodoxo e romano são diferentes, especialmente, quanto à Páscoa da Ressurreição.

6-A comunhão dos fiéis é efectuada com pão e vinho; na Romana, somente com pão.
7-Na Igreja Ortodoxa, não existem as devoções ao Sagrado Coração de Jesus, Corpus Christi, Via Crucis, Rosário, Cristo-Rei, Imaculado Coração de Maria e outras comemorações análogas.

8-O processo da canonização de um santo é diferente na Igreja Ortodoxa; nele, a maior parte do povo participa no reconhecimento do seu estado de santidade.
10-O Santo Mirão e a Comunhão na Igreja Ortodoxa efectuam-se imediatamente após o Baptismo.



Os Dez Mandamentos


A Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa conservou os dez mandamentos da Lei de Deus na sua forma original, sem a menor alteração. O mesmo não sucedeu com o texto adoptado pela Igreja Católica Apostólica Romana, no qual os dez mandamentos foram arbitrariamente alterados, tendo sido totalmente eliminado o segundo mandamento e o último dividido em duas partes, formando dois mandamentos distintos. Esta alteração da Verdade constitui um dos maiores erros teológicos desde que a Igreja Romana cindiu a união da Santa Igreja Ortodoxa no século XI. Esta modificação nos dez mandamentos, introduzidos pelos papas romanos, foi motivada pelo Renascimento das artes. Os célebres escultores daquela época tiveram um amplo leque de actividades artísticas, originando obras de grande valor. Não obstante, as esculturas representando Deus, a Santíssima Virgem Maria, os santos e os anjos estavam em completo desacordo com o segundo mandamento de Deus. Havia, pois, duas alternativas, ou impedir a criação de estátuas ou suprimir o segundo mandamento. Os papas escolheram esta última solução, caindo em grave erro.

É ortodoxo quem pertence à sociedade dos fiéis cristãos que, unidos pela fé ortodoxa, seguem os ensinamentos e a doutrina da Igreja Ortodoxa e obedecem aos seus Pastores em tudo o que é concernente à Glória de Deus e à Salvação da alma.

É ortodoxo quem vive a fé e pratica as virtudes pregadas pela Igreja Ortodoxa, à qual passou a pertencer por meio do Baptismo ministrado por seus sacerdotes; quem assiste nas Igrejas Ortodoxas a todas as cerimónias, recebe os sacramentos, escuta a voz de Deus através dos pastores e empenha-se em viver do culto e da Graça derramada sobre todos os crentes.

É ortodoxo quem ama o Verdadeiro Deus e ama a Jesus Cristo e a Sua doutrina, conforme o ensina a Santa Igreja Católica Apostólica Ortodoxa. Em outra ordem de considerações, é chamado ortodoxo aquele que crê rectamente (a palavra grega "ortodoxia" significa Doutrina Recta).




A fundação da Igreja Ortodoxa


A Igreja Ortodoxa surgiu na Palestina com Jesus Cristo, expandiu-se com os Apóstolos e edificou-se sobre o sangue dos mártires. Não teve a sua origem na Grécia ou noutra região ou país que não seja a Palestina. Ela não morre, porque vive e descansa em Cristo e tem a promessa divina de que existirá até o fim dos séculos. Em vão os seus inimigos e todos os corifeus da impiedade tentaram destruí-la, negá-la, perseguí-la. À semelhança de seu Divino Mestre e fundador Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Ortodoxa, desde o seu nascimento, tem padecido e sofrido terríveis perseguições debaixo do jugo do Império romano, passando pelo muçulmano e turco, até nossos dias. O sangue de uma infinidade de mártires tem selado e provado ao mundo a sublimidade do seu amor, a perfeição e a veracidade da sua doutrina divina. Apesar de todas as campanhas, sempre subsistiu e triunfou. Vive e viverá eternamente em Cristo e, confiante, seguirá com Suas palavras: "Eu estarei convosco até a consumação dos séculos, e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela."

Foi na cidade de Antioquia onde os primeiros crentes em Jesus Cristo começaram a chamar-se, pela primeira vez, Cristãos, denominação que usamos até hoje (At XI,26). Logo após, a prédica cristã chegou até Roma, capital do Império Romano, onde o Apóstolo São Paulo formou a primeira comunidade cristã, constituída por várias famílias que ele enumera e saúda na sua Epístola aos Romanos, Capítulo XVI.  Da cidade de Roma, o Evangelho foi propagado por todo o Ocidente e outras partes do mundo.




Igreja Ortodoxa, Não Sofreu Reforma, 


Como: Roma.


Em primeiro lugar devemos realçar que a Igreja Ortodoxa nunca se separou de nenhuma outra Igreja. Ela permanece em linha recta desde Nosso Senhor Jesus Cristo e seus Apóstolos. Jamais se afastou, através dos séculos, da autêntica e verdadeira doutrina ensinada pelo Divino Mestre. Dela separaram-se outras Igrejas, mas ela não se afastou nunca de ninguém ou da linha recta traçada por Jesus Cristo. A Igreja Ortodoxa é una, ontem, hoje e amanhã - é sempre a mesma.

Cristo assinalou-lhe o caminho a seguir, e ela observou-o e cumpriu-o sem se afastar nunca do mandato de Cristo.
 É necessário, inicialmente, que se eliminem e desapareçam totalmente os ataques, as pregações condenatórias e o tratamento de hereges e cismáticos prodigalizados, abundantemente, pela Igreja de Roma contra a Igreja Ortodoxa. (Após o último Concílio Ecuménico de Roma, cessaram os ataques contra a Igreja Ortodoxa e aos demais cristãos). É absolutamente imprescindível reconhecer que a Igreja Ortodoxa não é uma ovelha desgarrada que vive no erro e nas trevas.  Pedimos a Deus para que as palavras de Cristo, "um só rebanho guiado por um só pastor," sejam um dia, uma feliz realidade.

A Igreja Ortodoxa manteve sem acréscimos nem reduções a Lei que lhe foi confiada. Em três ocasiões, São Paulo recomendou ao discípulo Timóteo que mantivesse a fé, incólume e imaculada, tal como a recebera, dizendo-lhe:
 "Eu te exorto diante de Deus... que guardes este mandamento sem mácula nem repreensão até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo" (I: VI-13 e 14). "Timóteo! Guarda o que te foi confiado, evitando conversas vãs e profanas e objecções da falsa ciência, a qual tendo alguns professado, se desviaram da fé" (I: VI-20 e 21). "Conserva o modelo de sãs palavras que de mim ouviste na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo que habita em nós" (II: I-13 e 14).




Um comentador das Epístolas apresentou o seguinte conceito:
Quem recebe um depósito, cumpre restituí-lo à pessoa que lho confiou. Um depósito não é propriedade do depositário; este deve repô-lo, completo, sem reduções nem modificações. O depósito, que é a fé, é muito precioso por constituir o direito de Deus, revelado à humanidade. Cabe a todo crente e, especialmente, aos mestres, que sejam fiéis na guarda desse depósito e transmiti-lo incólume e sem alterações àqueles que lhes sucederão.

Timóteo, o discípulo dilecto do Apóstolo São Paulo que o sagrou Bispo de Éfeso, cidade situada no coração fervilhante da Anatólia, era igual aos primazes orientais, guardiães dos conselhos dos mestres, que os transmitiram aos sucessores sem nenhuma alteração. Os estudiosos da história do Oriente e os pesquisadores da verdade reconhecem que os homens do Oriente zelam com todo o rigor pelo que se lhes confia, mormente quando o objecto confiado é uma questão de fé, relacionada com o que representa as contas a serem prestadas no Dia do Julgamento.

Éfeso, que teve em Timóteo o seu primeiro bispo, permaneceu durante longo tempo como a vanguarda do cristianismo. Nela se realizou o VI Concílio Ecuménico. Os seus numerosos bispos contribuíram para a grandeza da Igreja, que deles se orgulha através dos séculos. O Bispo Marcos, um dos seus sábios prelados, de atitudes nobres e corajosas na defesa do cristianismo, compareceu ao Concílio de Florença, em 1439, batendo-se quase sozinho, sem medo e sem vacilação, com a maioria constituída de antagonistas, em defesa da fé confiada pelos seus antecessores. O bispo Marcos não era, no Oriente, o único prelado íntegro e leal, zeloso pela pureza da fé; Como ele existiram numerosas e nobres personalidades.

Assim, todas as deliberações dos Concílios Ecuménicos, arquivadas pela Igreja Ortodoxa, sem acréscimos ou reduções, foram a maior prova e o mais santo testemunho da conservação da fé, sã e intacta, na Igreja do Oriente.


Existe um Parágrafo Importante na 


Ortodoxia Grega


Os Ortodoxos, como os Católicos Romanos, veneram ou honram a Mãe de Deus, mas em nenhum sentido os membros de ambas as Igrejas a consideram como a quarta pessoa da Trindade, nem asseguram a ela a adoração devida somente a Deus. Na teologia Grega a distinção é claramente marcada: existe uma palavra especial, latreia, reservada para a adoração de Deus, enquanto que para a veneração da Virgem, termos inteiramente diferentes são empregados (duleia, hyperduleia, proskynesis). Nos ofícios Ortodoxos a Virgem Maria é mencionada com freqüência e em cada ocasião lhe é dado seu título completo: "Nossa Santíssima, Imaculada, Bendita e Gloriosa Senhora, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria.

" Aqui estão os três principais epítetos aplicados para Nossa Senhora, pela Igreja Ortodoxa: Theotokos (Mãe de Deus), Aeiparthenos (Sempre Virgem) e Panagia (Toda Santa). O primeiro desses títulos foi designado a ela pelo Terceiro Concílio Ecumênico (Éfeso, 431), o segundo pelo Quinto Concílio Ecumênico (Constantinopla, 553).
 (A crença na Virgindade Perpetua de Maria pode parecer à primeira vista contrária às Escrituras, porque Marcos 3:31 menciona os "irmãos" de Cristo. Mas a palavra usada ali, em grego, pode significar meio-irmão, primo ou parente próximo, bem como irmão no sentido estrito).

O Epíteto Panagia, apesar de nunca ter sido objeto de uma definição dogmática, é aceito e usado por todos os Ortodoxos.

Fonte: http://www.ortodoxia.org.br/biblioteca/igreja_ortodoxa/a_igreja_ortodoxa_fe_e_liturgia5.html




terça-feira, 3 de maio de 2011

Os Apóstolos Fundaram Igrejas, e Não Denominações

Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão.

Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2:11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.


Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma, sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma.

Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".



Dados Biográficos


Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo Santo André.

Novas pesquisas no campo demonstram que Pedro e os demais apóstolos não eram simples pescadores. Ele e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes Zebedeu.[5] Pedro era casado e tinha pelo menos um filho.

Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma villa romana[6], na cidade "romana" de Cafarnaum[7]. O pai da esposa de Pedro chamava-se Aristóbulo, que tinha um irmão conhecido por Barnabé, e pertenciam provavelmente a uma família aristocrática, possivelmente a do rei Herodes.

O primado de Pedro segundo a Igreja Católica

Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da pergunta: quem é Jesus? Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro.

Encontramos o relato do evento no Evangelho de São Mateus, 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".

Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus.

Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja[9], e as portas do Hades[10] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus.

E o que desligares na terra será desligado[11] nos céus” (Mt 16, 16:19).



O Apóstolo Pedro 1º Bispo de Roma


A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles.

Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão

o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal.

A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo papa Bento XVI.

Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho."[16].

Trata-se da Igreja de Roma[17]. Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente).

O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã[18].



Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica está correta, igualmente muitas tradições antigas corroboram com a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado:

Assim nos refere o bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170):

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."[19]

Gaio, presbítero romano, em 199:

"Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Vai à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; vai ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."[20]

Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou:
"Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo"[21] "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."[22]

Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:

"Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."



"Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja.

"Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:
"
A Igreja também dos romanos publica - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."

"Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."
"
Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."

Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesáreia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:
"
Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."

Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:

A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc..." Doroteu[desambiguação necessária]:

"Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."Optato de Milevo:

"Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, na qual Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."

Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:

"A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal."



A Verdadeira Igreja na Autêntica Tradição Cristã


Quando, depois da sua ressurreição, estava prestes a voltar para o Pai, ordenou aos onze que fossem ensinar a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Imediatamente os apóstolos chamaram por sorteio a Matias como duodécimo para ocupar o lugar de Judas.

Depois de receberem a força do Espírito Santo com o dom de falar e de realizar milagres, começaram a dar testemunho da fé em Jesus Cristo na Judéia, onde fundaram Igrejas[2]; partiram em seguida por todo o mundo, proclamando a mesma doutrina e a mesma fé entre os povos.

Em cada cidade por onde passaram fundaram Igrejas, nas quais outras Igrejas que se fundaram e continuam a ser fundadas foram buscar mudas de fé e sementes de doutrina. Por esta razão, são também consideradas apostólicas, porque descendem das Igrejas dos apóstolos[3].

Toda família deve ser necessariamente considerada segundo sua origem. Por isso, apesar de serem tão numerosas e tão importantes, estas Igrejas não foram senão uma só Igreja: a primeira, que foi fundada pelos apóstolos e é a origem de todas as outras. Assim, todas elas são primeiras e apostólicas, porque todas formam uma só.

A comunhão na paz, a mesma linguagem da fraternidade e os laços de hospitalidade manifestam a sua unidade. Estes direitos só têm uma razão de ser: a unidade da mesma tradição sacramental[4].

Se quisermos saber o conteúdo da pregação dos apóstolos e, portanto, Jesus Cristo lhes revelou, é preciso recorrer a estas mesmas Igrejas fundadas pelos próprios apóstolos e às quais pregaram de viva voz, quer por seus escritos[5].

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A Igreja Ortodoxa

O primeiro ponto que se faz necessário destacar é que o Cristianismo nasceu na Palestina (e não em Roma); que a primeira Sé Apostólica fundada foi a de Jerusalém (tendo como bispo a Tiago, o irmão do Senhor); que também foi nesta Sé que se realizou primeiro Concílio Apostólico (Atos 15)

E, principalmente, devemos destacar que esta Igreja não desapareceu na história, mas que subsiste até os dias de hoje e que se tornou um dos nove Patriarcados que subsistem na Igreja Ortodoxa.

O segundo ponto que evidenciamos é que não só a Igreja de Jerusalém, mas também todas as Igrejas que são mencionadas nas Sagradas Escrituras, fundadas pelos Apóstolos ou por seus colaboradores, formam com outras Igrejas que vieram depois delas, a Igreja Ortodoxa, sendo Roma a única exceção.

Portanto é preciso compreender que a Igreja Ortodoxa é Católica e Apostólica, e que possui uma eclesiologia (conceito sobre a Igreja) do qual o Catolicismo Romano diverge em alguns pontos teológicos, administrativos e práticos.

Assim, chamamos de Ortodoxia a plena comunhão de várias Igrejas locais “autocéfalas” (A Igreja Católica Romana também é, como vimos, uma comunhão de Igrejas locais, porém estas igrejas, embora em muitos casos sejam autônomas, não são autocéfas.

O que significa a autocefalia? Significa que cada uma destas Igrejas podem resolver por si só todos os seus assuntos internos, em função da própria autoridade, incluindo a capacidade legal para nomear e remover seus próprios bispos, incluindo os Patriarcas.

Portanto, a Igreja Ortodoxa não tem um Papa que venha a ser o único administrador ou governante da Igreja, mas tem um sistema colegiado, ou seja, Sinodal, no qual todos os bispos são iguais. Estes elegem um entre si que possa representá-los, mas, no entanto, ele não é o único administrador.



A Igreja Católica Ortodoxa Oriental nasceu no tempo dos apóstolos e sobrevive até nossos dias pela força da tradição, da Bíblia e dos sete Sacramentos. Até o ano 842 ela estava unida à Santa Sé e fazia parte da única Igreja Católica Apostólica Romana.

Fundação das Igrejas Autocéfalas

Patriarcado de Constantinopla 

O apóstolo André, irmão de Pedro, fundou a Igreja de Constantinopla nos primeiros anos do cristianismo. 

Patriarcado de Alexandria

A Igreja de Alexandria foi fundada pelo apóstolo São Marcos. 
Fora conferido ali o título de papa, pela primeira vez na história, ao Patriarca Hiraclas, em 232, e na seqüência ao Patriarca Teófilo, no ano 390. 

Patriarcado de Antioquia

Os fundadores da Igreja Antioquina são os corifeus dos apóstolos, Pedro e Paulo.
O primeiro Concílio Ecumênico reconheceu no bispo de Antioquia a primazia sobre todos os bispos do Oriente, tendo o segundo Concílio confirmado a decisão do primeiro Concílio.

Enquanto o Terceiro Concílio Ecumênico reconheceu a independência da Igreja de Chipre, a primeira a se separar da Igreja Antioquina, o IV Concílio concedeu ao bispo de Antioquia o título de patriarca, colocando-o na terceira categoria, após os patriarcas de Constantinopla e Alexandria.

Em 1098 os cruzados ocuparam Antioquia e foram deslocados pelos árabes em 1648. Por isso o Patriarcado Antioquino estabeleceu-se em Damasco no ano de 1342.

Patriarcado dos Assírios

Os assírios separaram-se da Igreja Antioquina em 451, os caldeus em 498 e os armênios em 538. Separou-se definitivamente a Igreja Siriana Jacobita da Igreja Antioquina em 513.

Católicos de Rito Maronita

Os católicos maronitas declararam-se independentes do Patriarcado Antioquino em 685 e submeteram-se ao Bispado Romano em 1183, na era do Patriarca Ermia Hamchiti.



Os Gregorianos

Em 1050 os gregorianos desligaram-se do Patriarcado Antioquino.
No século XVI, as missões religiosas européias começaram a se realizar no Oriente.
Em 1648 o Patriarca Makario empreendeu uma visita histórica à Rússia e a todos os países balcânicos. Em 1724 os gregos católicos deixaram a Igreja Antioquina.

Patriarco de Jerusalém

O apóstolo Jacó fundou a Igreja de Jerusalém (mãe de todas as Igrejas Cristãs). No ano 52 ele presidiu o Sínodo Apostólico.

Nesta mesma Igreja, muito depois, em 326 a rainha do Império Romano, Santa Helena, encontrou a Santa Cruz e construiu a Igreja da Ressurreição e o Berço e mais outros templos sobre a gruta, o Gólgota e o Santo Sepulcro.

Também a Igreja de Jerusalém separou-se da Igreja Antioquina.

Patriarcado Russo

Santo André é considerado o primeiro pregador do cristianismo na Rússia. Propagou-se a doutrina cristã na Rússia na era do Imperador de Bizâncio, Basílio I (867 - 886). A princesa Olga foi batizada em 975 pelo Patriarca Ecumênico, na catedral Hagia Sofia.

Em 1657, o Patriarcado Russo passou a ser definitivamente independente, desligando-se do Patriarcado de Constantinopla.

Patriarcado da Geórgia

O cristianismo ingressou na Geórgia na primeira metade do século IV, por intermédio de uma escrava síria de nome Nuna, que conseguiu converter o rei Mirban para o cristianismo, juntando-se seus adeptos ao Patriarcado de Antioquia.

A Igreja da Geórgia declarou-se independente da Igreja Antioquina no fim da gestão do Patriarca Antioquino Pedro III.

Igreja de Chipre

O fundador da Igreja de Chipre é o apóstolo Barnabé. O III Sínodo Ecumênico conferiu a Chipre a sua independência, desligando-a da Igreja de Antioquia e estabeleceu-lhe a mesma categoria das igrejas de Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém.

Os cruzados invadiram Chipre em 1211, os turcos em 1571 e os britânicos em 1887.



A Igreja da Grécia

As Igrejas da Grécia e de Corinto foram fundadas pelo apóstolo Paulo.

Juntaram-se as duas Igrejas com todas as Igrejas da Grécia sob a égide da Igreja de Tessalônica, no princípio do século II.

A Igreja da Grécia submeteu-se ao Patriarcado Ecumênico em princípios do século VIII, desligando-se do mesmo em 1833, proclamando-se independente, obtendo o alvará de reconhecimento do Patriarcado Ecumênico em 1850.

A Igreja de Monte Sinai

A rainha e Santa Helena construíram no Monte Sinai, em 360, o convento de Santa Catarina, a igreja das Sarsas e dois grandes fortes. O atual convento foi construído por Justiniano, o Grande, o Imperador, por volta do ano de 545.

Também o convento declarou-se independente do Patriarcado de Jerusalém, em 649 num processo que encerrou-se definitivamente em 1575.
Igreja Ortodoxa Russa

Com 250 milhões de fiéis, a Igreja Ortodoxa continua sendo a principal religião da Rússia, do leste e sudeste da Europa.

Igreja Ortodoxa do Egito

É conhecida como Igreja Copta. Vários milhões de cristãos vivem no Egito. Esta Igreja mantém a liturgia antiga, celebrada na língua copta e seu ponto forte é sua inconfundível arte religiosa.

Igreja Ortodoxa Etíope

A Igreja Ortodoxa da Etiópia apresenta características bem peculiares, como o costume de guardar o sábado e o ritual da circuncisão, dois elementos fortes da religião judaica.