As fraternidades iniciáticas e os místicos desenvolvidos sabem que a imaculada conceição é uma necessidade cósmica insubstituível inerente à futura existência física dos avatares.
Na vida de todo Grande Mestre isto é um acontecimento natural, pois é cosmicamente impossível que um homem humanamente concebido e nascido, possa tornar-se o Cristo de seu tempo.
Esse mecanismo – essa Lei – todavia, permanece oculto e inviolado fora das altas esferas iniciáticas, sendo entendido profanamente como um acontecimento miraculoso e desprovido de um sentido (no mínimo) racional, quer no que concerne ao próprio processo místico em si, quer no que tange às Leis Cósmicas envolvidas.
O outro lado deste entendimento é pura e simplesmente negar este desdobramento místico. Crassamente, ambas as convicções laboram em erro. Mas, não erramos todos nós?
Entretanto, ainda que nem todos aqueles que foram virginalmente concebidos tenham sido instrutores de ciclo, há uma linha predominante de coincidências, que não pode ser desprezada.
Como Jesus, todos foram milagrosamente concebidos, nasceram de uma virgem e manifestações espetaculares da Natureza ocorreram por ocasião de seus falecimentos. Como Jesus, muitos foram supliciados.
Alguns desses enviados foram: Hórus e Ra (Egito), Krishna e Buddha (Índia), Tammuz (Síria), Indra (Tibete), Quetzlcoatl (México), Lao-Tsé (China), Zoroastro e Ciro (Pérsia) e Pitágoras e Platão (Grécia).
A própria Virgem Maria foi imaculadamente concebida por sua mãe, Ana, palavra cujo sentido esotérico – Umâ-Kanyâ – significa Virgem de Luz.
Nesse sentido, as revelações dos Homens-Deuses têm por finalidade o progresso ascensional e a reintegração dos homens, e sua conseqüente preparação para o ciclo que se seguirá. A VERDADE e a LUZ, contudo, são perpetuamente unas.
Talvez uma última explicação seja conveniente: a Asseidade – ou Vida por si mesma – carece de sexo como Divindade Abstrata, e como tal não pode (pôde ou poderá) ter pai
E, ao nascer da Eva terrestre, o Filho da Virgem Celeste Imaculada, torna-se a Humanidade como um todo. Em cima o Filho é todo o Cosmos; embaixo, a Humanidade.
No Egito antigo, Amon, dentre seus diversos títulos, possuía o de marido de sua mãe (Mut), e esta era festejada como Nossa Senhora, a Rainha dos Céus e da Terra.
Outras deusas-mães também eram honradas com esse título, como por exemplo, Ísis e Hathor.