quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A divina concepção, e assunção de "Nossa Senhora"


As fraternidades iniciáticas e os místicos, desenvolvidos, sabem que a imaculada conceição é uma necessidade cósmica, insubstituível inerente à futura existência física dos avatares.

Na vida de todo grande mestre isto é um acontecimento natural, pois é cosmicamente impossível que um homem humanamente concebido e nascido, possa tornar-se o Cristo de seu tempo. Esse mecanismo – essa lei – todavia, permanece oculto e inviolado fora das altas esferas iniciáticas, sendo entendido profanamente como um acontecimento miraculoso e desprovido de um sentido (no mínimo) racional, quer no que concerne ao próprio processo místico em si, quer no que tange às leis cósmicas envolvidas.

O outro lado deste entendimento é pura, e simplesmente negar este desdobramento místico. Crassamente, ambas as convicções laboram em erro, mas, não erramos todos nós? Entretanto, ainda que nem todos aqueles que foram virginalmente concebidos tenham sido instrutores de ciclo, há uma linha predominante de coincidências, que não pode ser desprezada.

Como Jesus, todos foram milagrosamente concebidos, nasceram de uma virgem e manifestações espetaculares da natureza ocorreram por ocasião de seus falecimentos. Por Jesus, muitos foram supliciados.

Alguns desses enviados foram: (Hórus) e (Ra) do Egito; (Krishna) e (Buddha) da Índia; (Tammuz) da Síria; (Indra) do (Tibete; (Quetzlcoatl) do México; (Lao-Tsé) da China; (Zoroastro e Ciro) da Pérsia; e (Pitágoras e Platão) da Grécia).

A própria Virgem Maria foi imaculadamente concebida por sua mãe, Ana, palavra cujo sentido esotérico – Umâ-Kanyâ – significa Virgem de Luz. Nesse sentido, as revelações dos homens-deuses têm por finalidade o progresso ascensional e a reintegração dos homens, e sua consequente preparação para o ciclo que se seguirá. A verdade e a luz, contudo, são perpetuamente unas.

Talvez uma última explicação seja conveniente: A asseidade – ou vida por si mesma – carece de sexo como divindade abstrata, e como tal não pode (pôde ou poderá) ter pai. E, ao nascer da Eva terrestre, o Filho da Virgem Celeste Imaculada, torna-se a humanidade como um todo. Em cima o filho é todo o cosmos; embaixo, a humanidade.

No Egito antigo, Amon, dentre seus diversos títulos, possuía o de marido de sua mãe (Mut), e esta era festejada como Nossa Senhora, a Rainha dos Céus e da Terra. Outras deusas-mães também eram honradas com esse título, como por exemplo, Isis e Hathor.

A virgindade perpétua da “Virgem Maria”

Que Nossa Senhora concebeu a Jesus virginalmente vejo que você compreende aceita e crê, pois que isso está revelado no evangelho de São Lucas, onde se lê: “Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazareth, a uma virgem desposada com um varão, chamado José, da casa de Davi”.

 E o nome da Virgem era “Maria" (Luc. 1: 26-27).
E o Santo Efrem escreveu: “Ó Virgem Senhora, Imaculada depara (geradora de Deus), senhora minha gloriosíssima, mais sublime que os céus, muito mais pura que os esplendores, raios e fulgores solares”.

 "Os outros filhos de Maria", tenho outro ponto a destacar: (João 19:26-27), quando Jesus viu sua mãe e, perto dela, o discípulo que ele amava, o discípulo era João, o autor do Evangelho segundo João, então ele disse ao discípulo: Eis a tua mãe! Por acaso era João filho de Maria e irmão consanguíneo de Jesus?

Em lugar algum da bíblia está escrito que Maria, a Mãe de Jesus, teve outros filhos. Então, por que alguns ainda insistem em dizer que ela os teve? Era comum, na época de Jesus, chamar um primo de irmão, e para os judeus qualquer pessoa próxima da família ser chamado de irmão, como existem vários casos na bíblia que refere primos como irmãos, para os judeus.

A palavra "irmãos" aparece aproximadamente 530 vezes na bíblia; e "irmão" aparece aproximadamente 350 vezes; uma variação de "irmãos" aparece uma única vez em Num 36:11; e "irmã" aparece aproximadamente 100 vezes; e "irmãs" aparecem aproximadamente 15 vezes.

Cristo diz à multidão e aos seus discípulos em (Mat. 23,1-8) "E vós todos sereis irmãos". Em (Mat. 12,50) e (Mc 3,35), Jesus diz: "Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, é meu irmão, irmã e mãe".

 Este versículo diz isso tudo! Em (1ºcor 15:6) fala-se que Jesus apareceu a quinhentos "irmãos" de uma só vez.

O apócrifo do primeiro apocalipse de Tiago (encontrado na biblioteca de Nag Hammadi, no códice V), afirma: "Eu chamei você, meu irmão, embora você não seja fisicamente meu irmão.”, o que adiciona ainda mais um registro da relação de Maria com os irmãos de Jesus, no sentido genérico não como família consanguínea, e abrindo espaço para a confirmação da virgindade perpétua.
Há indicações de que o texto foi escrito no Egito (província romana), no século VI-VII D.C. Duas versões chegaram aos nossos dias: uma em copta e a outra em árabe, sendo que as duas provavelmente são originais. Muito destes textos são baseados no Evangelho de São Tiago.

A mesma fé é repetida pelo Concílio de Toledo, no ano 400. ( Cfr. Denziger, 20).

Por isso é que o Profeta Isaías, séculos antes, anunciou que "Pois por isso, o mesmo Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz a um filho, e o seu nome será Emanuel" (Is. VII 14).
Nossa Senhora, Mãe das Graças, Rogai Por Nós, que Recorremos a Vós!

A Sophia de Jesus, o Cristo de Deus.

“Quero que vocês saibam que o Primeiro Homem é chamado ‘Gerador, Mente Auto aperfeiçoada’”. Ele refletiu com a Grande Sophia, sua consorte, e revelou seu unigênito, o filho andrógino. Seu nome masculino é designado 'Primeiro Gerador Filho de Deus; seu nome feminino, 'Primeira Geradora Sophia, Mãe do Universo.

' Alguns a chamam 'Amor'. Porém, o Unigênito é chamado 'Cristo'. “Como ele tem autoridade de seu pai, ele criou uma multidão infindável de anjos como comitiva do Espírito e da Luz.”

“Seu aspecto feminino (é) Sophia (a Primeira)-gerada, (Mãe do Universo)", que alguns chamam "Amor". Ora, o Unigênito, como ele deriva (sua) autoridade de seu (pai), Ele criou anjos, infindáveis miríades, como comitiva. Toda esta multidão de anjos é chamada "Assembleia dos Divinos, as Luzes Sem Sombra". 

Quando estes se cumprimentam, seus abraços tornam-se anjos como eles.
Mas isto é suficiente. Tudo o que acabo de dizer a vocês, disse de uma forma que vocês possam aceitar, até que aquele que não precisa ser ensinado apareça entre vocês. Ele falará todas estas coisas a vocês com alegria e no conhecimento puro.

Maria Madalena, sua esposa disse a ele: "Santo Senhor, de onde vieram seus discípulos, para onde vão e (o que) eles deveriam fazer aqui?”.O Salvador perfeito disse a eles: “Quero que vocês saibam que Sophia, a Mãe do Universo e o consorte, desejaram por si só trazer todos estes à existência sem seu (consorte) macho”.

Vejam, eu revelei a vocês o nome do Ser Perfeito, toda a vontade da Mãe dos Anjos Sagrados, para que a (multidão) masculina possa ser completada aqui, para que (possa aparecer nos eons,) (as infinidades e) aqueles que (surgiram na) insondável (riqueza do Grande Espírito) Invisível, (para que) todos (possam receber de sua bondade), mesmo a riqueza (de seu descanso) que não tem (reino sobre ele).

Estas são as coisas (que o) bem aventuradas Salvador (disse), (e ele desapareceu) do meio deles. Então, (todos os discípulos) ficaram numa (grande alegria inefável) no (espírito) daquele dia em diante. (E seus discípulos) começaram a pregar (o) Evangelho de Deus, (o Espírito) eterno imperecível.

A chamada "Sophia" teve seu texto encontrado na Biblioteca de Nag Hammadi (em duas cópias, III, 3 e V, 1), descoberta em 1945 no alto Egito, e também presente no Códex de Berlim - encontrado no séc. XIX.
Foi dirigido a uma assembleia que já conhecia o gnosticismo. 

Este texto foi reelaborado no séc. II D.C., na Escola de Valentino, a partir de 'Epístola de Eugnostos', que tem um conteúdo de gnosticismo mais egípcio.

Esta última - séc. I A.C. - é uma carta formal, mais curta e direta, escrita por um Instrutor a seus discípulos, também encontrada em Nag Hammadi (III 4).

(O texto ‘A Sophia de Jesus, o Cristo de Deus’ é apresentado na forma de diálogos, enquanto na epístola os discípulos não são nominados, mas apenas as instruções.)

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