terça-feira, 19 de abril de 2011

Os milagres de mestres e profetas [Magos]

Jesus fez milagres e profecias, pois tinha com ele o poder do espírito de deus.

Sabe-se contudo que outros homens o longo da história também fizeram milagres,  porque igualmente possuíam consigo o poder de outros espíritos:


I O deus grego Asclépio era venerado com um espírito que favorecia grandes cura e realizava grandes milagres.  Os sacerdotes do seu culto, (principalmente estabelecidos em Epidauros),  deixaram provas documentais de incontáveis milagres e curas que sucederam a quem procurava a ajuda deste espírito.  As curas eram normalmente realizadas naqueles que pernoitavam no templo e a quem o espírito comunicava mensagens na forma de sonhos. O facto é que depois de abandonarem o templo, essas pessoas viam-se curadas.


II Também na Grécia, Apolónio de Tiana, um filosofo e curandeiro itenerante, era conhecido pelo 
seu milagroso poder de cura, assim como pelos exorcismos que realizava.


III Hanina Bem Dosa, foi também um famoso curandeiro Galileu. Também ele curou imensas pessoas,  entre as quais o filho do fariseu Gamaliel.


O palestiniano Honi, mais que uma vez serviu os hebreus convocando chuva quando as secas ameaçavam as vidas dos hebreus. Certa vez ele terá convocado o fenómeno com tanta força, que os habitantes de Jerusalém foram para o monte do templo devido á força das águas invocadas.


V Jamnés e Jambrés, dois dos mais celebres magos ao serviço do faraó, ( os mesmos que defrontaram Moisés), fizeram inúmeros prodígios que todos observaram a olhos vistos, facto que ficou registado para a historia.


VI Outros profetas que viveram no tempo de Jesus realizaram milagres e curas,  tal como os evangelhos o mostram ( Mt 12, 27-29)


VII Por volta de 30-33 d.C., entrando em Jerusalém por altura das festividades da Páscoa, Jesus fez profecias relativas á destruição do Templo de Jerusalém, e de facto, elas vieram a ser cumpridas.  Dizem os factos históricos que na verdade, em 70 d.C., o templo foi arrasado pelas forças militares Romanas, tal como Jesus havia profetizado. Estes são apenas alguns exemplos que a historia nos faculta de como os milagres,  profetas e mestres sempre existiram e realizaram tremendos feitos a favor de quem procurou a sua ajuda espiritual.

Todos estes exemplos históricos atestam que foram inúmeros os homens ao longo da historia, usaram o poder dos espíritos para realizar milagres e profecias com um tal sucesso, que os seus feitos são conhecidos ainda hoje. As curas e os milagres do mestres e profetas da antiguidade. Como podemos verificar nos evangelhos, as curas de doenças e outros problemas sucede porque essas doenças e problemas variados advêm de males espirituais que afectaram uma pessoa. Um mal atinge espiritualmente uma pessoa, e colateralmente afecta outros aspectos da sua vida, como a saúde , o seu comportamento, etc.


Jesus, o Mago

Na suas curas, ( por muito que desagrade aos teólogos mais ortodoxos), a verdade é que Jesus usou processos mágicos. Algumas das curas que Jesus realizou, Jesus diz palavras com poder e peso mágico, que curam. Ora, isso é uma das características do processo mágico: o poder da palavra que invocada com fé e com sabedoria do divino, faz realizar fins milagrosos.

Disso é prova o evangelho de Marcos . O evangelho de Marcos , apesar de ser um texto escrito em grego, nele constam as palavras que Jesus usou originalmente quando fez os milagres. Essas palavras, ao contrario do restante texto que se encontra escrito em Grego, estão escritas em Aramaico, de forma a conservar a noção do poder das palavras misticas que Jesus usou para realizar as suas curas através de processos espirituais.

Quando realizou ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou a rapariga pela mão e disse: Talitha qûm». E a rapariga levantou-se, apesar de estar morta. Quando realizou a cura do homem surdo-mudo, ( Mc 7, 31-37), Jesus disse no momento da sua realização: «Effathá», e o homem ficou curado. Em todos estes exemplos de curas milagrosas, a palavra original de Jesus em Aramaico é transcrita no Evangelho de Marcos, apesar do mesmo estar totalmente escrito em Grego.

Aqueles que possuem conhecimentos sobre as ciência ocultas, sabem que o uso de poderosas palavras ou fórmulas místicas, são a chave de um trabalho espiritual.

A manipulação do mundo físico através da palavra mística que convoca o forças espirituais para as fazer actuar nesta realidade, é o processo mais comum da magia.

No evangelho de Marcos, a palavra usada por Jesus e que funciona como processo magico ou espiritual foi fielmente transcrita e respeitada pelo autor do sinóptico sobre a vida de Jesus. noção da palavra magica associada aos processos místicos, é profundamente respeitada por Marcos na sua versão da obra e vida de Jesus.

Jesus, o exorcista


Jesus era um mestre e professor da lei de Moisés, que nas sinagogas falava sobre a sua visão das escrituras e do reino de Deus. Contudo, Jesus era também um exorcista. As suas curas foram obtidas não só através da palavra magica que invocava as mais poderosas forças espirituais, (magia), como os evangelhos revelam claramente  Ele andava de terra em terra realizando exorcismos, e foram esses exorcismos, ( Mc 1,39) ( e das curas que resultaram), que muita fama Lhe deram.

Nos evangelhos podemos ler que Jesus expulsou muitos demónios e assim realizou muitas curas e que por isso, multidões o procuravam de tal forma que ele não conseguia entrar nas cidades (Mc 1, 45) desde expulsa-los (Mc 1,23-26; 32-34)a falar com eles e pedir-lhes silêncio sobre a sua identidade divina (Mc 3,12)a autoriza-los que entrassem em animais, como porcos (Mc 5, 12-13) etc.

O exorcismo neste aspecto é um processo de magia negra, e a verdade é que Jesus praticou-o diversas vezes.

Mais que isso:Na época de Jesus, os exorcistas costumavam fazer uso de complexos processos e rituais místicos para proceder á expulsão de um demónio;  Jesus, ao contrario, entrava em contacto directo com os demónios e falava com eles directamente, (Mc 1,25) ordenando-lhe aquilo que bem quisesse. 

E em consequência desse diálogo directo, os demónios obedeciam-lhe. Ora, segundo as crenças e saberes teosóficas hebraicas, este acto de contacto directo e dialogo com demónios é uma pratica de «magia negra». 

No entanto os exorcismos não era vistos sempre com bons olhos: se bem que as pessoas gostavam de ficar curadas por via dos exorcismos que Jesus praticava,  contudo o exorcismo é tido como um processo por via da qual uma pessoa entra em comunicação com demónios para lhe pedir ou impor algo, ou seja: é o mesmo que magia negra.

Jesus não expulsava demónios através de fórmulas e processos mais ou menos inatingíveis e incompreensíveis; Jesus expulsava demónios comunicando directamente com eles e falando-lhes.

Ora, o próprio acto de comunicar com demónios e falar-lhes, (seja para que efeito for), é um acto de magia negra. E isso preocupava profundamente quem assistia á sua obra, e tanto assim foi que acusaram Jesus de expulsar demónios por estar possuído e em pacto com o próprio demónio (Mt 12, 27-29). 

A própria mãe de Jesus,( bem como seus irmãos), também disseram que Jesus estava «fora de si», ( Mc 3,21) e tentaram apanha-lo de forma a faze-lo parar com as suas actividades exorcistas. 

Em Actos de Pilatos, ( também conhecido por Evagelho de Nicodemo), afirmam sobre Jesus: «É um mago», ( I,1), «um feiticeiro»( I,12) . Não o faziam por maldade, mas sim porque entendiam que as suas praticas espirituais eram controversas, 


pois Jesus usava de processos, impuros, ( «magia negra», ou o contacto directo com demónios para os fazer obedecer), para fazer o bem. E fazer o bem usando as entidades do mal, Era, ( e é), considerado como «feitiçaria». 

Disso mesmo atestam diversas fontes rabínicas, revelando que Jesus no seu tempo foi visto como alguém que realizava prodígios que eram tidos como «fruto de magia» (b. Sanh 43ª; b. Sanh 107b; sanh. 107b)

Tudo isso porque os hebreus entendiam, ( com razão), uma coisa simples: Jesus estava entrando em contacto directo com os demónios e falando com eles, ( para os expulsar das pessoas espiritualmente enfermas, para os fazer obedecer á sua vontade, etc), ou seja, Jesus estava invocando e comunicando com demónios para atingir um certo fim , como por exemplo: Exorcismos ou curas.

Foi por ela, ( a magia negra, ou a capacidade de entrar em contacto com demónios para os obrigar a realizar certos fins), que, com autoridade, Jesus contactou com espíritos malignos, Jesus fez os demónios obedecerem-lhe e assim, curou muitas pessoas, realizando alguns dos mais históricos milagres e prodígios da humanidade.

Salomão não só foi o maior dos reis Hebreus, como também foi um Mago. Salomão foi um mago de enorme sabedoria, que tinha poder sobre as forças demoníacas, e as usava ora para edificar a sua obra neste mundo, ora para curar e fazer o bem. 

Também Jesus usou as forças demoníacas para realizar o bem, assim como Salomão. E assim disse Jesus: E aqui está, quem é maior que Salomão»Lc 11,31

È o próprio Jesus que alude a Salomão, comparando-se e afirmando-se superior a este, pois também Jesus, ( tal como Salomão), exerceu poder sobre os espíritos da trevas, para assim obter resultados neste mundo. 

E ao processo espiritual que consta em usar as forças das trevas, (obrigando-as a obedecer), para realizar actos neste mundo, chama-se: Magia Negra».

Destino dos profetas: Jesus curou 10 leprosos,( Lc 17, 11-14), e apenas 1 voltou para lhe agradecer.

Este facto bíblico revela que lamentavelmente, muitas pessoas tendem a procurar avidamente o profeta quando estão padecendo de um tormento, para logo depois de curadas desdenharem dele, ou ate mesmo mancharem o seu nome com calunias e difamações; Jesus curou inúmeras pessoas, expulsou demónios e fez milagres de ressurreição. 

No entanto, muitas das pessoas que viveram nesse dias, disseram: È um homem que engana um povo» (Jo 7,12). 

O profeta, por mais milagres que faça, está sempre sujeito à calúnia e à difamação.
Mais ainda pode esperar o profeta: apenas 1 dos leprosos curados por Jesus voltou a Jesus para lhe agradecer, enquanto que os outros 9 nada fizeram para o defender Quando ele foi acusado se ser uma fraude, um impostor, um homem que «engana o povo» (Jo 7,12).

Por isso, a missão do profeta é sempre ingrata. 

Quem abraça essa missão, não pode apenas ter um dom espiritual, ( como Apolónio, Hanina ou Honi)  ou um profundo conhecimento das ciências ocultas, ( como Nostradamus possuía da Astrologia e da Cabalah), pois apenas o dom ou a sabedoria não chegam. 

È preciso um profundo sentimento de missão e desejo de cumprir a sua tarefa, pois a historia já ensinou que o profeta raramente é pago com gratidão.